Em 27 de maio de 2015 a AMAF enviou mensagem de e-mail para o Prefeito Eduardo Paes e o novo Subprefeito da Barra e Jacarepaguá o texto abaixo e ATÉ AGORA NADA !!
Assunto: Biciclovias para Jacarepaguá
Vamos defender este BRT- BICYCLE RAPID TRANSIT.
Mobilidade Urbana é cada vez mais agravada por falta de compromisso sério e perseverante das autoridades.
A locomoção de pequena e médias distancias é cada vez mais praticada em bicicletas.
Urge um planejamento da prefeitura para que essa tendência se realize.
A ciclovia abaixo em Sevilha reforça bem a propostas apresentadas e defendidas pelas bicicloativistas Carolina Queiroz Débora Gauziski Thais Lima para Jacarepaguá.
“Bicicletar é preciso” para que sonhos se realizem
Projeto: Plano cicloviário para o bairro de Jacarepaguá
Autoras: Débora Gauziski (deboragauziski@gmail.com)
Carolina Queiroz (carolinafqueiroz@gmail.com)
Ano: 2014
Resumo da proposta
A proposta consiste na elaboração e implementação de um plano cicloviário em Jacarepaguá, interconectando seus sub-bairros e facilitando sua integração aos bairros vizinhos, Barra da Tijuca e Recreio. A ideia é construir novos trechos de ciclovias, ciclofaixas e/ou calçadas compartilhadas e integrá-las aos trechos já existentes hoje, que são poucos e não suprem a necessidade da população.
Ao observar as ruas do bairro, é possível perceber um número considerável de ciclistas de todas as idades: estudantes, trabalhadores, aposentados, mães levando seus filhos para a escola. De acordo com PDTU (2004), 6,24% dos deslocamentos feitos em Jacarepaguá são sobre bicicletas. Esse número já é muito grande, mas precisa aumentar ainda mais para desafogar o trânsito dos eixos principais. Para isso é necessário que seja criada uma infraestrutura segura para desestimular o uso do automóvel em pequenos e médios deslocamentos e estimular o uso da bicicleta.
Logisticamente, a metodologia de implantação do plano cicloviário visa promover uma série de encontros presenciais para discussão e planejamento das ações do plano. Dessa forma, a grande Baixada de Jacarepaguá foi dividida em 7 áreas áreas de atuação, cada uma com um responsável articulardor do plano. O primeiro encontro envolverá os articuladores de cada região do bairro e os seguintes serão abertos à comunidade, que poderá participar com ideias e sugestões de trechos prioritários. Contamos com o apoio permanente da ONG Transporte Ativo, que promoverá o workshop de capacitação (primeiro encontro) e nos auxiliará durante todo o processo.
Entendemos que para haver uma ação efetiva do poder público é preciso que os moradores do bairro se articulem e mobilizem em prol das causas locais. O planejamento das ciclovias deve ser feito junto com a população, levando em conta suas necessidades. É preciso que se compreenda que o automóvel não pode ser o principal modal das ruas de Jacarepaguá. Esse pensamento contribui para que as ruas fiquem mais inchadas: o carro é utilizado hoje até para curtas distâncias (como a ida à padaria e à farmácia). Acreditamos que um plano de ciclovia não apenas estimulará o uso da bicicleta como modal de transporte, facilitando a circulação dos habitantes em Jacarepaguá, mas também estimulará a prática do exercício físico, impactando positivamente na saúde coletiva.
Contexto
Os engarrafamentos estão cada vez mais frequentes em Jacarepaguá. Os deslocamentos em pequenos percursos estão se tornando mais estressantes, cansativos e longos devido aos congestionamentos constantes. Isso impacta não somente na saúde da população, mas também na qualidade de vida e em uma série de questões ambientais do bairro.
Mesmo com a implantação do sistema de BRT em parte do bairro e a descontinuidade de uma série de linhas de ônibus, o problema continua. Por quê?
A baixada de Jacarepaguá é densamente povoada e possui uma área extensa, variando suas edificações em zona residencial, comercial e até industrial. As linhas de transporte público não chegam a todas as regiões e muitas das comunidades de Jacarepaguá ficam sem opções de transporte. Com a promulgação do PEU Taquara, que engloba vários bairros de Jacarepaguá, fica permitido que a ocupação do lote seja maior e que as edificações possam ter até 13 andares. Aliado à expansão do mercado imobiliário e saturação da Zona Sul, a Zona Oeste é a região da cidade que mais cresceu, no que diz respeito à densidade demográfica na última década. Jacarepaguá possui 572 mil moradores, conforme o censo de 2010.
Estabelecida sobre uma zona rural, Jacarepaguá possui muitas ruas secundárias, terciárias e pequenas aglomerações. O transporte público se atém aos principais eixos. Dessa forma, pequenos deslocamentos dentro de um mesmo bairro são difíceis, tornando qualquer ida à padaria um martírio. Dentro deste cenário, a bicicleta pode ser 50% mais rápida do que o automóvel em percursos de até 6 km, podendo funcionar como meio de transporte integrador ao transporte público (se contar com infra estrutura necessária) ou como meio de transporte típico entre bairros através das vias secundárias.
Apoio
Solicitamos o apoio de grupos representativos dos bairros Pechincha e Tanque com a disponibilização de um espaço para a reunião de discussão do grupo, promovida no formato de um workshop pelos articuladores do projeto e pela Transporte Ativo, e para encontros seguintes, caso seja necessário. O apoio de representantes ou instituição de importância na cena cultural do bairro, é primordial para estimular a mobilização e divulgação local em torno do projeto.
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2015.
Clique aqui para baixar a apresentação feita pela Carolina e a Débora