Rio – A prefeitura e o governo estadual elaboram um projeto em conjunto para levar a malha metroviária até Jacarepaguá. O anúncio foi feito por Pedro Paulo Carvalho em visita às obras da Linha 4 do metrô, na Barra da Tijuca. De acordo com o secretário municipal da Casa Civil, pré-candidato à sucessão de Eduardo Paes, a inauguração, ano passado, do corredor exclusivo para ônibus Transcarioca — que custou R$ 2 bilhões e liga a Barra ao Galeão via Jacarepaguá — não impossibilita a medida.
“O BRT não nos impede de fazer a extensão do metrô até o Recreio e Jacarepaguá. O que haverá é a conexão com os outros modais que a cidade agora tem, que são os BRTs e os VLTs”, disse ele.
O projeto em estudo prevê a ligação de uma estação no Terminal Alvorada até uma outra, na Freguesia, passando por baixo da Avenida Ayrton Senna. Pedro Paulo disse avaliar a possibilidade de uma parceria público-privada para a construção. Ainda não há previsão para que a obra seja licitada.
Secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio informou que tem discutido a ideia com Pezão e com o prefeito. “Existe demanda de passageiros. Precisamos agora é da viabilidade econômica”, disse, lembrando o momento delicado das contas públicas. “A extensão até o Recreio é um compromisso de Pezão. No momento em que as obras chegarem à Alvorada, podemos começar as escavações sob a Avenida Ayrton Senna. Não é simples, mas estamos trabalhando para isso”, completou Pedro Paulo.
Osorio afirmou que a operação de Ipanema à Barra será feita de forma plena em julho de 2016, com exceção da Estação Gávea. Ontem, moradores e lideranças da Barra tiveram acesso às obras da Linha 4 do metrô. Diretor-executivo da Associação Comercial e Industrial da Barra, José Wilson Cordeiro está otimista. “Hoje o comércio tem queda de 15% por causa do impacto das obras. Mas o número de clientes por aqui vai dobrar depois que o metrô ficar pronto”, diz.
Osorio descarta novos reajustes de trens e barcas
O secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, descartou ontem a possibilidade de aumento nas passagens dos trens e das barcas por pressão das concessionárias Supervia e CCR, que alegam prejuízos com as operações, como mostrou O DIA na quinta-feira. “Não tem chance de aumento nas tarifas que não seja por bases contratuais. Se você tem um sistema de concessão de 20, 25, 30 anos, é natural que os primeiros anos sejam de prejuízo. Ao longo do contrato, a empresa recupera esse valor.”
Apesar de o próximo aumento das barcas estar previsto para ocorrer somente em fevereiro, há a possibilidade de um novo reajuste, ainda em 2015. Isso porque a Agetransp analisa estudo, elaborado pela FGV, que leva em conta a operação da CCR entre 2008 e 2013. Dependendo do que o conselho administrativo da agência decidir, as tarifas podem ter aumento ou redução.