Denúncia de displicência da Prefeitura ao desassorear o Rio Anil
Compartilhamos a denúncia do Revive Jacarepaguá, que é um movimento que planta árvores nativas na margem do Rio Anil. Tem o intuito de resgatar a mata ciliar, tão importante para evitar o assoreamento.
Entendemos que o assoreamento ainda ocorre e que é importante fazer a remoção do excesso de terra que escoou. Porém, como uma associação de moradores marcada pela luta social, não aceitamos a opção de não se articular com a sociedade civil!
Acordemos, prefeito Eduardo Paes, secretário Eduardo Cavaliere, subprefeita Talita Galhardo!
“Sem aviso prévio ou coordenação, a prefeitura hoje enviou máquinas para o rio Anil. O trabalho que elas deveriam fazer era importante, limpar o poluído rio, mas o que aconteceu foi a destruição de mudas e, segundo testemunhas, o uso delas para remover apenas a vegetação em parte das margens!
O Revive sabe da importância de retirar sedimentos desse rio e desde 2019 tenta se coordenar com a prefeitura para que tudo seja feito da melhor maneira para o meio ambiente da cidade. A prefeitura está ciente dos locais onde ocorre plantio de árvores nativas e ainda assim nada foi feito para evitar algum dano.
Todos foram informados de onde plantamos em reuniões da Câmara Técncia das Bacias Drenantes na primeira metade de 2019, em uma reunião na associação de moradores mais próxima ao local em 22/01/2020 (quando um funcionário que se identificou com o nome de Bernardo nos deu as instruções de como plantar para não atrapalhar a entrada das máquinas na região) e até em reunião com o assessor do próprio secretário de meio ambiente Eduardo Cavalieri em 06/06/2021. Mais do que isso, muitas das mudas plantadas foram doadas pela própria prefeitura do Rio de Janeiro que hoje as destruía.
Nós do Revive Jacarepaguá fazemos essa postagem para que a população local fique ciente do que está ocorrendo e para que a prefeitura repense seu modo de agir unilateral. Não há vantagem em remover a vegetação que preserva as margens e evita a erosão de um rio já tão sedimentado. Esperamos que o trabalho continue, mas que ele não seja a destruição das árvores nativas que agora crescem nesse espaço antes abandonado e sim o que ele deveria ser: a limpeza do rio Anil.”